O dirigente do PT em Foz do Iguaçu foi assassinado por clara motivação política, opinam especialistas
247 - Advogados criminalistas consideram equivocada a decisão da Polícia Civil do Paraná de ter descartado a motivação política no assassinato do membro da direção do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu. Três especialistas em direito ouvidos pelo jornal O Globo consideram que a conclusão da delegada Camila Cecconello minimiza um episódio grave e abre margem para que outras ocorrências ocorram sob o mesmo pretexto.
"A discussão se deu a partir de uma questão política. O policial penal federal (Jorge Guaranho) saiu do local onde estava para invadir uma festa com decoração do PT. Não haveria crime se a festa fosse de qualquer outro tema, pois ele (Guaranho) não teria sequer saído de onde estava", diz o advogado criminalista e professor de direito Wellington Arruda.
Para a advogada criminal Priscila Pamela dos Santos, ao descartar a motivação política, a delegada da Polícia Civil diminui o caráter de repugnância do crime.
Conrado Gontijo, advogado criminalista e doutor em direito pela Universidade de São Paulo (USP), classifica o relatório da delegada como uma "distorção absoluta da realidade".
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