sexta-feira, 10 de junho de 2022

"Sentimos ameaça à soberania na Amazônia", diz Bolsonaro a Biden

 "Às vezes sentimos ameaças à soberania naquela região do país [na Amazônia], mas o Brasil preserva muito bem seu território", disse Bolsonaro a Biden

(Foto: Reuters)


247 com Sputnik Brasil - Jair Bolsonaro demonstrou a seu colega norte-americano, Joe Biden, preocupação em relação à soberania do Brasil sobre a Amazônia, durante encontro bilateral na Cúpula das Américas, realizada em Los Angeles, nos Estados Unidos, nesta quinta-feira, 9. O chefe de governo brasileiro garantiu a Biden que o Brasil preserva seu território. 

"Às vezes sentimos ameaças à soberania naquela região do país [na Amazônia], mas o Brasil preserva muito bem seu território", disse Bolsonaro.

O líder brasileiro acrescentou que "dois terços do território brasileiro estão preservados" e 85% da Amazônia também. Além disso, Bolsonaro elogiou a legislação ambiental do país, afirmando que, "no futuro próximo", o Brasil será o maior exportador de energia limpa, graças ao hidrogênio.

Ele fez as declarações públicas a Biden minutos antes de os dois se encaminharem para a primeira reunião bilateral entre os líderes, a portas fechadas.

Bolsonaro já protagonizou diversas polêmicas envolvendo a Amazônia. Em novembro de 2019, afirmou que o ator americano Leonardo DiCaprio estaria envolvido em incêndios na região.

Na ocasião, quatro brigadistas, na região de Alter do Chão, no Pará, foram presos suspeitos de atear fogo na Floresta Amazônica para obter doações de ONGs. Na realidade, DiCaprio criou uma ONG, a fundação Earth Alliance, com outros dois filantropos, com a promessa de ajudar a Amazônia com doações.

Em abril deste ano, a área de alerta de desmatamento na Amazônia ultrapassou a marca de 1.000 km² e foi 74% maior do que o recorde anterior para o mês, de 580 km², registrado no ano passado. Comparada à média dos seis anos anteriores para abril, a área é 165% maior.

No acumulado de agosto de 2021 até abril de 2022, os alertas já chegam a 5.070 km². O número já é 5% maior do que o registrado até julho do ano passado e o segundo maior da série histórica, perdendo apenas para o recorde de 5.680 km², detectado em 2020.

Os cálculos são feitos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). As temporadas de análises vão de agosto a julho.

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