segunda-feira, 20 de junho de 2022

Parada do orgulho LGBTQIA+ lota 10 quarteirões da Paulista, com protestos contra o governo

 


Dez quarteirões da Avenida Paulista foram ocupados neste domingo por ativistas, artistas e apoiadores das causas LGBTQIA+.

Com o lema “Vote com orgulho: política que representa”, a 26ª edição da Parada do Orgulho LGBT+ — a primeira após dois anos de evento virtual, devido à pandemia — teve bandeiras com a inscrição “Fora, Bolsonaro” e com o rosto da ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 no Rio de Janeiro. Marielle era homossexual e sua plataforma incluía as comunidades negra e LGBTQIA+.

Dezenove trios elétricos abriram os shows a partir de 14 horas, causando aglomeração em palcos como os das cantoras Luísa Sonza e Ludmila.

Durante sua apresentação , Ludmilla afirmou que “a luta (da comunidade LGBT) não está ganha” e que é preciso pedir respeito às minorias. A artista não citou políticos em sua fala.

 A cantora Pabllo Vittar entoou gritos de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro em sua apresentação no último trio elétrico da Parada e foi ovacionada pelo público. Vittar tem manifestado publicamente seu apoio à pré-candidatura do ex-presidente Lula à Presidência.

Uma multidão se formou em torno do trio elétrico em que Pabllo se apresenta na Avenida Paulista. O mesmo ocorreu com o carro da cantora, momentos antes de seu show. No entorno, há diversas bandeiras com os dizeres ‘Fora, Bolsonaro’.  

Na apresentação (sem playback), a drag queen apresentou faixas de seu último álbum “Batidão Tropical”, entre elas “Triste com T”.

Mais do que a irreverência que tradicionalmente marca a Parada do Orgulho LGBT+ na Avenida Paulista, em São Paulo, está sendo marcada pelo protesto político, de defesa dos direitos civis e crítica ao atual presidente. Há muitos cartazes pedindo “Fora Bolsonaro” e alguns de apoio ao ex-presidente Lula.

Por volta das 15h30, ao menos 10 quarteirões da avenida Paulista estavam repletos de pessoas que acompanhavam os shows de artistas que se apresentavam em 19 trios elétricos. Nos quarteirões próximos ao Masp, a aglomeração chega ao ápice, sendo difícil de caminhar em meio à multidão. Esta é a primeira edição presencial do evento após dois anos de celebração em casa, virtual, devido à pandemia do coronavírus.

Fonte: Agenda do Poder

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