Estratégia da oposição visa manter elevado o interesse nas investigações
247 - Caso a CPI do MEC seja instalada, a oposição vai iniciar as investigações com a quebra de sigilos de envolvidos no escândalo que ainda não foram alvo da operação da Polícia Federal.
Até agora, a PF pediu a quebra de sigilo apenas de cinco dos investigados: o ex-ministro Milton Ribeiro, os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, além do assessor Luciano Musse. Os prefeitos, por exemplo, que relataram pedidos de propina, não tiveram seus sigilos quebrados. Desses pedidos, podem sair fatos novos capazes de manter o interesse no assunto em alta, informa o Painel da Folha de S.Paulo.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve autorizar a abertura das CPIs também solicitadas pela base do governo, entre elas, a das obras inacabadas. Com a quebra de sigilos logo no início dos trabalhos, a oposição pretende manter o interesse concentrado na CPI do MEC.
A oposição também quer obter resultados de maneira rápida. Como há receio de haver dificuldade de quórum com CPIs concorrentes e parlamentares em agenda eleitoral, os integrantes poderiam pedir uma série de quebra de sigilos em uma única votação e ter material para ir sendo trabalhado ao longo do segundo semestre.
A CPI também deve se debruçar logo no início no que está sendo chamado de "caixa preta" do FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação), para o qual é destinada a maior parte das emendas parlamentares ligadas à pasta, inclusive as do orçamento paralelo.
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