quarta-feira, 29 de junho de 2022

Moraes pede para PGR se manifestar sobre suposta interferência de Bolsonaro nas investigações sobre corrupção no MEC

 O ministro do STF Alexandre de Moraes analisou um pedido feito por Randolfe Rodrigues após um áudio apontar que Jair Bolsonaro alertou Milton Ribeiro sobre uma operação da PF

Alexandre de Moraes (Foto: Adriano Machado/Reuters)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre um pedido para investigar Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Polícia Federal durante as investigações sobre o esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação (MEC). De acordo com o portal G1, o magistrado analisou um pedido feito pelo líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), após a divulgação de intercepção telefônica apontar que Bolsonaro alertou Milton Ribeiro de que o ex-ministro da Educação poderia ser alvo de busca e apreensão.

Ao STF, o parlamentar da Rede-AP afirmou que há indícios de "suposta nova interferência do Presidente da República Jair Bolsonaro na Polícia Federal" e pediu que sejam adotadas "as medidas cabíveis a fim de evitar interferências indevidas da cúpula do Poder Executivo nas atividades-fim da Polícia Federal".

Foi o terceiro pedido que o STF enviou para a PGR avaliar se há indícios contra Bolsonaro no escândalo do MEC. A ministra Cármen Lúcia encaminhou para a Procuradoria pedidos feitos pelos deputados Reginaldo Lopes (PT-MG) e Israel Batista (PSB-DF) para que Bolsonaro seja investigado.

A PF iniciou as investigações após a divulgação de um áudio, em março, quando Ribeiro afirmou que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.

Policiais prenderam Milton Ribeiro, os dois pastores, o ex-assessor do MEC Luciano Musse, e Helder Bartolomeu, ex-assessor na Prefeitura de Goiânia e genro de Arilton.


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