Durante
ato público em Maceió (AL), ontem, em tom emocionado, Lula conclamou os
nordestinos a participarem do projeto de reconstrução representado pelo
movimento Todos Juntos pelo Brasil.
– Quando um homem ou uma mulher tem uma causa, eles têm uma motivação.
Eu quero voltar porque tenho certeza, é a fé que tenho em Deus que a gente vai
fazer o povo brasileiro voltar a ser feliz outra vez. Vamos fazer a economia
voltar a crescer, gerar emprego formal. O povo trabalhador tem direito a
carteira assinada, com férias, descanso semanal remunerado, segurança social. É
o que falta nesse país”, apontou.
Saudado por uma multidão, Lula encerrou o ato público de ontem, tarde da
noite, ao lado de lideranças do PT e de partidos aliados. Além de Lula, o ato
contou com discursos do ex-governador Geraldo Alckmin, da presidenta do PT,
Gleisi Hoffmann, do senador Renan Calheiros, do ex-governador Renan Filho e do
atual governador de Alagoas, Paulo Dantas.
Lula reafirmou que o compromisso de seu projeto é com o povo mais
humilde, historicamente ignorado pela classe rica. “Quero provar outra vez,
quero fazer em quatro anos o que a elite brasileira não fez em 400”, avisou
Lula. O petista afirmou que a mudança é possível mas depende de vontade
política.
“Precisamos de um Congresso forte, porque vamos mudar e a mudança é
simples. Vamos colocar o povo pobre no orçamento da prefeitura, do Estado, da
União”, explicou Lula. “Quando a gente coloca o pobre no orçamento, ele começa
a receber dinheiro, vira consumidor, o comércio vende, a fábrica começa a
produzir. Vai gerando emprego, cada emprego gera um salário, e assim esse país
vai para frente”.
“E vamos colocar os ricos no imposto de renda, para que paguem sobre
lucros e dividendos”, assegurou o petista.
Sobre o combate à fome, Lula afirmou:
“Quero
voltar para provar que o povo não precisa ficar no açougue esperando osso ou
carcaça de frango. O povo pode voltar a comer carne de qualidade, coxa e
sobrecoxa de frango, a comer peito, não pé e pescoço. Quero ver vocês comendo
um churrasquinho com a família no final de semana”, confessou Lula.
“Saí de Caetés com sete anos”, recordou o líder petista. “Minha mãe saiu
com oito filhos agarrados no rabo da saia dela num pau-de-arara. Fomos para São
Paulo para não morrer de fome. Isso faz 70 anos e agora eu vejo uma notícia no
jornal que hoje tem 30 milhões de pessoas passando fome, que São Paulo tem 8
mil pessoas dormindo na rua. Fazia tempo que eu não via nesse país uma mulher com
criança pedindo esmola, comida. A gente tinha acabado com isso no Brasil. As
pessoas estavam comendo, trabalhando’, lamentou.
Fonte:
Agenda do Poder
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