Um dos motivos para a decisão judicial foi a venda de um carro por Milton Ribeiro ao pastor Arilton Moura
247 - O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal em Brasília, autorizou a quebra dos sigilos bancários do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, de sua esposa, Myrian Pinheiro Ribeiro, e da filha e do genro do pastor Arilton Moura. Empresas ligadas aos pastores Gilmar Santos e Arilton e o ex-assessor do MEC, Luciano Musse, também tiveram os sigilos quebrados. Um dos motivos para a decisão do magistrado foi a venda de um carro por Ribeiro para o pastor Arilton Moura - transação foi encontrada pela Controladoria-Geral da União. A informação foi publicada nesta quinta-feira (23) pelo jornal Folha de S.Paulo.
A Polícia Federal investiga um esquema de tráfico de influência e corrupção no Ministério da Educação (EMC). Policiais prenderam Musse, os dois pastores, o ex-ministro Milton Ribeiro e Helder Bartolomeu, ex-assessor na Prefeitura de Goiânia e genro de Arilton. A PF iniciou as investigações após Ribeiro afirmar no semestre passado que, a pedido de Bolsonaro, liberava dinheiro do MEC por indicação de dois pastores, Arilton Moura e Gilmar Santos.
Advogado de Ribeiro, Daniel Bialski confirmou que o ex-ministro recebeu R$ 50 mil na conta da esposa de Ribeiro por venda de carro a parente do pastor Arilton Moura.
De acordo com a CGU, "em desfavor da argumentação do Sr. Milton Ribeiro, que tentou demonstrar que adotou postura de distanciamento do pastor, pesa também o fato de ter realizado a venda de um automóvel ao senhor Arilton após as denúncias".
O Ministério Público Federal (MPF) também informou nesta quinta-feira (23) que o ex-assessor do MEC Luciano de Freitas Musse recebeu R$ 20 mil a pedido do pastor Arilton Moura, para intermediar um encontro de Ribeiro com prefeitos.
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