O indigenista Bruno Araújo recebia ameaças constantes por sua atuação junto aos indígenas contra invasores na região, pescadores, garimpeiros e madeireiros
Segundo a Univaja, quando desapareceram, Bruno e Dom iam visitar uma equipe de Vigilância Indígena chamada Lago do Jaburu, para que o jornalista entrevistasse indígenas que faziam denúncias de invasores na região, pescadores, garimpeiros e madeireiros. O indigenista, inclusive, era alvo de constantes ameaças em virtude do trabalho de denúncia que exercia junto às comunidades.
Ainda de acordo com a reportagem, os dois chegaram no Lago do Jaburu no dia 03 de junho de 2022, às 19h25. No dia 05, eles retornaram logo cedo para a cidade de Atalaia do Norte. “No entanto, antes eles pararam na comunidade São Rafael, em uma visita previamente agendada, para que o indigenista Bruno Pereira fizesse uma reunião com o comunitário apelidado de 'Churrasco', com o objetivo de consolidar trabalhos conjuntos entre ribeirinhos e indígenas na vigilância do território, bastante afetado pelas intensas invasões”, diz a reportagem.
Apesar do Vale do Javari ser uma região de difícil acesso, pois tem a maior concentração de povos isolados do mundo, os líderes da Univaja acharam estranho a demora de Bruno, pois ele é experiente e conhece bem a região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos. Além disso, a embarcação que saiu com o jornalista era nova e estava com 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem, além de sete tambores vazios de combustível.
Um dos membros da Univaja relatou que na última semana a equipe sofreu ameaças em campo e que Polícia Federal e Ministério Público Federal em Tabatinga, já tinham conhecimento das denúncias.
De acordo com o The Guardian, Phillips estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.
Nenhum comentário:
Postar um comentário