A ideia nasceu de uma demanda dos povos do Vale do Javari (AM)
247 - O indigenista Bruno Pereira, desaparecido desde o último domingo (5) com o jornalista Dom Phillips na Amazônia, montou uma equipe de vigilância indígenas, como uma ao arquivamento de denúncias por "falta de informações qualificadas". A ideia nasceu de uma demanda dos povos do Vale do Javari (AM). A informação foi publicada neste domingo (12) pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A vigilância aumentou em setembro de 2021 e em pouco tempo os cerca de vinte indígenas treinados já deram resultados. Eles têm ajudado a fiscalização em Atalaia do Norte, Tabatinga e Manaus (AM).
Os infratores entram em territórios preservados em busca principalmente de tracajás, pirarucus e antas para vender no mercado paralelo. "São recursos vitais para os irmãos isolados que vivem ali", disse Beto Marubo, principal liderança indígena do Javari, que atua em parceria com Bruno. "Estão vulnerabilizando os parentes marubos e temos informações de que está faltando comida para os Korubos", afirmou.
Investigações
Uma perícia identificou vestígios de sangue na lancha usada por Amarildo da Costa de Oliveira, investigado por suposto envolvimento no desaparecimento do jornalista e do indigenista.
A PF informou, nessa sexta, ter encontrado "material orgânico aparentemente humano" no Rio Itacoaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte (AM).
Além de Amarildo, a polícia deteve ao menos outros dois suspeitos pelo desaparecimento do jornalista e do indigenista.
Lavagem de dinheiro
A PF investiga um esquema de lavagem de dinheiro para o narcotráfico por meio da venda de peixes e animais que pode estar relacionado ao desaparecimento.
As suspeitas de investigadores são de que o narcotraficante Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, teria ordenado a Amarildo da Costa de Oliveira, o "Pelado", colocar a "cabeça de Bruno a leilão".
Repercussão no exterior
Editores de jornais e agências de notícias de vários países enviaram uma carta a Bolsonaro pedindo mais empenho do governo nas buscas pelo jornalista e pelo indigenista da Funai.
A encarregada de negócios do Reino Unido no Brasil, Melanie Hopkins, afirmou que a embaixada pediu para o governo Bolsonaro fazer "todo o possível" para localizar os desaparecidos.
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