O grupo afirmou que atuará "pela garantia de eleições livres e sem interferência do poder econômico e, tampouco, pela manipulação da vontade do eleitorado"
O posicionamento foi divulgado após a informação de que a XP concelou a divulgação de pesquisas que mostravam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente de Jair Bolsonaro (PL). Ministros do governo teriam pressionado a corretora.
Leia, abaixo, a íntegra da nota publicada nesta quarta-feira (8) na coluna de Mônica Bergamo:
"Os seguidos ataques do atual presidente contra o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal, que inquietam os democratas de todo o País, estenderam-se agora às pesquisas de opinião do eleitorado —todas elas apontando em sequência a eventual vitória do presidente Lula no dia 02 de outubro.
Inconformado com o repúdio a seu governo e à condenação de sua administração, responsável pelas milhares de mortes pela Covid-19, pela carestia, pelo desemprego, pela fome que assola 33 milhões de pessoas, o presidente da República quer impedir que a reprovação apareça, eliminando as sondagens dos institutos de pesquisa, ou, pelo menos, interferindo para, quem sabe, colher resultados mais auspiciosos.
O grupo Prerrogativas, que acredita na segurança das urnas eletrônicas e confia na imparcialidade no TSE na condução do processo eleitoral, acompanha com preocupação as pressões contra a corretora XP Investimentos, para impedir a divulgação da pesquisa do Instituto Ipespe, que vinha sendo publicada semanalmente.
Assediada por bolsonaristas do Congresso e por apoiadores ligados ao agronegócio, a XP acabou cedendo às pressões e retirou a pesquisa do site. A gota dágua foi a opinião, na sondagem da semana passada, segundo a qual 35% dos entrevistados consideravam a honestidade um atributo de Lula contra 30% do atual presidente.
Diante da gravidade do fato, o grupo Prerrogativas continuará atuando, como sempre fez, em defesa do Estado Democrático de Direito, pela garantia de eleições livres e sem interferência do poder econômico e, tampouco, pela manipulação da vontade do eleitorado e das pesquisas de opinião."
Nenhum comentário:
Postar um comentário