O agora ex-presidente do banco tinha acessos de raiva, xingava funcionários e até mesmo forçava-os a ingerir comida apimentada: “quanto mais você chora, mais ele ri. É bem sádico"
247 - Após funcionárias da Caixa Econômica Federal denunciarem o ex-presidente do banco Pedro Guimarães por assédio sexual, a coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, divulga nesta quinta-feira (30) relatos de assédio moral por parte do ex-chefe da instituição.
"Os testemunhos incluem situações em que Guimarães, a partir do cargo de presidente da Caixa, submeteu subordinados a constrangimentos diversos", diz a reportagem.
Guimarães tinha acessos de fúria durante reuniões e usava termos de baixo calão.
No fim de 2021, por exemplo, relata a matéria, "Guimarães estrilou com executivos da Caixa em razão de uma decisão que havia sido tomada pelo conselho do banco sem que ele tivesse sido informado". O conselho tinha aprovado uma mudança nas normas internas que limitava as nomeações de Guimarães para conselhos da Caixa e bancos ligados à ela. Ele só poderia, portanto, ser remunerado pela atuação em, no máximo, dois conselhos.
Guimarães chegou a ocupar 18 conselhos, alcançando uma remuneração de R$ 130 mil, além do salário mensal de presidente da Caixa, de R$ 56 mil.
O então presidente do banco viu a mudança como uma tentativa de sabotagem e xingou os responsáveis:
Ele ainda pediu ao vice-presidente da Caixa, Celso Leonardo Derziê Barbosa, que anotasse o CPF de todos os envolvidos na reunião. Caso o conteúdo da conversa vazasse, todos seriam punidos com a perda dos cargos que ocupavam.
Celso Leonardo é apontado como o responsável por promover perseguição interna aos que desagradavam Guimarães.
A tarefa de garantir que o teor da reunião não vazasse deveria ficar com Celso Leonardo porque, segundo Guimarães, Álvaro Pires, assessor do gabinete da presidência, é "pau mole" e teria coragem de fazer o que fosse necessário.
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