quarta-feira, 15 de junho de 2022

Governo Bolsonaro destaca efetivo de apenas seis agentes para patrulhar toda a região do Vale do Javari

 Número do efetivo dos agentes da Força Nacional de Segurança Pública destacado para patrulhar 85 mil quilômetros quadrados de área é o mesmo desde 2019

Operação de busca por jornalista e indigenista desaparecidos na Amazônia (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - A Terra Indígena do Vale do Javari, região onde desapareceram o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, possui apenas seis agentes da Força Nacional de Segurança Pública para patrulhar uma área de 85 mil quilômetros quadrados. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ao menos seis pedidos de reforço do efetivo feitos pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) foram rejeitados somente este ano. 

A região é dominada por cartéis de drogas e uma das linhas de investigação acerca do desaparecimento de Pereira e Dom está ligada a grupos criminosos que atuam com pesca ilegal. Ainda conforme a reportagem, o efetivo atual dos agentes da Força de Segurança Nacional foi autorizado em dezembro de 2019. Desde então, o prazo de seis meses vem sendo renovado semestralmente.

Segundo servidores da Funai, os agentes estão situados em uma das quatro bases na região do Vale do Javari. “A região é uma das que receberam o menor efetivo entre as operações da Força Nacional em andamento, relacionadas a conflitos em reservas indígenas. São dez ao todo”, destaca o periódico.  

A violência da região e a ausência do poder público na região levaram o senador e ex-governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), a defender que os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e da Defesa, Paulo Sérgio, sejam convocados para prestar explicações ao Congresso sobre a inação do governo federal em coibir o avanço da criminalidade. 

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