Ciro Gomes afirmou que militares são coniventes com ilícitos cometidos na Amazônia, que virou uma "'holding' do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras"
247 - O Ministério da Defesa e as Forças Armadas apresentaram à Procuradoria-Geral da República (PGR), segundo a Folha de S. Paulo, uma notícia-crime contra o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, por "irresponsáveis declarações".
Em entrevista à rádio CBN na terça-feira (21), o pedetista afirmou que as Forças Armadas são coniventes com crimes ocorridos na Amazônia. "Bolsonaro destruiu as raríssimas bases de comando e controle: ele desmontou o ICMBio, desmontou a Funai, desmontou o Ibama, destruiu a capacidade operacional das Forças Armadas, que não têm efeito, verba, tecnologia para administrar a imensa faixa de fronteira seca. (...) E isso acabou transformando o território nessa holding do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas", disse.
Os militares argumentam que as afirmações de Ciro Gomes "afetam gravemente a reputação e a dignidade" das instituições. A Defesa e as Forças Armadas declararam que "muito se orgulham" de trabalhar pela defesa e proteção da Amazônia e no "combate a ilícitos ambientais e transfronteiriços".
"Não é admissível, em um estado democrático, que sejam feitas acusações infundadas de crime, sem a necessária identificação da autoria por parte do acusador e sem a devida apresentação de provas, ainda mais quando dirigidas a Instituições perenes do Estado brasileiro", diz a nota dos representantes da caserna.
Na apresentação à PGR, os militares acusam Ciro Gomes de cometer crimes de "incitar, publicamente, animosidade entre as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade" e "propalar fatos, que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público".
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