Ex-juiz, que quebrou o Brasil com a Lava Jato, avalia que deve seguir participando do debate público mirando as eleições de 2026, caso não consiga disputar uma vaga no Senado
247 - O ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-SP) avalia abrir um instituto voltado para a área de políticas públicas dirigidas ao suposto combate à corrupção e moralização da política, caso não consiga viabilizar sua candidatura ao Senado. Segundo o site O Antagonista, o objetivo de Moro “é se manter no debate público no Brasil, mirando o processo eleitoral de 2026”.
Moro foi considerado como parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no âmbito da Lava Jato. O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) também concluiu que o ex-presidente foi vítima de Moro e do Estado brasileiro durante a operação.
A Lava Jato foi uma peça fundamental do golpe de 2016, que levou Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) ao poder, permitindo a adoção de uma política neoliberal que acarretou nos atuais níveis de desemprego e carestia.
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), R$ 172,2 bilhões deixaram de ser investidos no país de 2014 a 2017 por causa da Lava Jato, que acabou com 4,4 milhões de empregos.
A vontade do ex-juiz de criar um instituto relembra caso revelado pela Vaza Jato em que a Lava Jato pretendia utilizar R$ 2,5 bilhões da Petrobrás para montar um fundo próprio, em uma conta vinculada à 13ª Vara Federal de Curitiba, então comandada por ele.
Nenhum comentário:
Postar um comentário