Em Umuarama (PR), ele pediu que seus apoiadores se informem sobre a "guerra" que pretende promover contra seus adversários políticos
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro convocou seus apoiadores para uma "guerra" em defesa do que chama de liberdade e para evitar que o Brasil siga o caminho de países que elegeram presidentes de esquerda, como Argentina, Venezuela e Chile.
"Não apenas eu, mas todos nós temos problemas internos no Brasil. Surgiu uma nova classe de ladrão, que são aqueles que querem roubar nossa liberdade" disse Bolsonaro em um discurso em Umuarama (PR). "Se precisar iremos à guerra, mas quero o povo ao meu lado consciente do que está fazendo e porque está lutando."
Bolsonaro disse ainda que não cabe apenas às Forças Armadas defender o país e que não se pode esperar 2023, 2024 para "ver a situação do Brasil e falar do que não fizemos em 2022".
"Temos que nos informar e nos preparar. Não podemos deixar que o Brasil siga o caminho de outros países da América do Sul", afirmou.
Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e tem repetido com frequência ataques ao sistema eletrônico de votação, sem apresentar provas de possíveis fraudes.
O presidente ataca também ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, em algumas ocasiões insinuando que haveria interesse na eleição de Lula.
Bolsonaro, que já chegou a colocar em dúvida a realização das eleições deste ano, não tem deixado claro se reconhecerá o resultado do pleito em caso de derrota.
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