domingo, 19 de junho de 2022

“A injustiça me emociona, me instiga”, diz Maria Augusta Ramos, diretora de documentário sobre a Lava Jato

 Cineasta falou sobre temas que motivam suas peças documentais e lamentou: "A injustiça infelizmente se vê muito presente no sistema de Justiça brasileiro"

Maria Augusta Ramos (Foto: Reuters/Ueslei Marcelino | Reuters/Hannibal Hanschke)


247 - Em entrevista à TV 247 nesta sexta-feira (17), a cineasta Maria Augusta Ramos, diretora do filme 'Amigo Secreto', que aborda a farsa da Lava Jato, mencionou a injustiça como algo que a "emociona" e que a instiga a produzir suas peças documentais.

"Eu faço filmes sobre temas que me instigam, que me dão medo, que eu quero de alguma maneira compreender, me deixam confusa e eu quero ter uma compreensão melhor, fazer um sentido melhor, refletir sobre. E a injustiça certamente me emociona, me instiga. Especialmente, não só em relação à injustiça do dia a dia, mas pensar essa injustiça através do próprio sistema de Justiça", declarou a diretora.

A cineasta detalhou como o sistema de Justiça engloba, em sua visão, relações sociais que a permitem entender um pouco mais sobre a sociedade: "A abordagem cinematográfica é baseada na observação da interação humana, seja com o outro ou com o meio que ele vive, e o sistema de Justiça me possibilita isso, me possibilita revelar a sociedade através dessa interação. E acontece que a injustiça infelizmente se vê muito presente no sistema de Justiça brasileiro. (Neste contexto) não há como não falar da Lava Jato", concluiu.

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