quinta-feira, 26 de maio de 2022

"Uma das cenas mais bárbaras do Brasil bolsonarista", diz Boulos sobre "câmara de gás" da PRF

 O deputado estadual Carlos Minc comparou o caso com a morte de "Angel Studart, torturado no quartel da ditadura, arrastado por jeep do exército inalando gás do cano de escape”

Guilherme Boulos (Foto: Reprodução)

247 - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato a deputado federal Guilherme Boulos pelo PSOL (SP) usou as redes sociais para afirmar que a morte de Genivaldo Alves de Jesus por sufocamento decorrente do uso de gás no interior de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na cidade de Umbaúba, em Sergipe, foi uma das “uma das cenas mais bárbaras do Brasil bolsonarista”. 

O ex-ministro e deputado estadual Carlos Minc (PSB-RJ) afirmou que o caso “lembra a morte de Angel Studart, torturado no quartel da ditadura, arrastado por jeep do exército inalando gás do cano de escape”.

“Uma das cenas mais bárbaras do Brasil bolsonarista. Transformaram a viatura numa câmara de gás. Ainda é possível que sejam elogiados pelo presidente, como os policiais da chacina no Rio. Esses assassinos sádicos têm que ser presos. Minha solidariedade aos familiares de Genivaldo”, postou Boulos no Twitter.

“PRF com ordem para matar por inalação de gás poluente? Me lembra a morte de Angel Studart, torturado no quartel da ditadura arrastado por jeep do exército inalando 'CO' do cano de escape.Testemunhado por Alex Polaris”, escreveu Minc na mesma rede social. O parlamentar se refere ao gás carbônico (CO2), um gás tóxico e que quando inalado em grandes quantidades pode provocar a morte do indíviduo. 

Segundo o Instituto Médico Legal (IML), Genivaldo de Jesus foi morto por asfixia e insuficiência respiratória após ser preso e algemado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que o homem de 38 anos é colocado no interior da viatura e um dos policiais segura a tampa do porta-malas para assegurar que ela continue fechada, enquanto um outro agente joga, dentro do espaço fechado, uma grande quantidade de gás.

Quando o compartimento volta a ser aberto, o homem já não se mexe mais. Cartelas de remédio contra a esquizofrenia foram encontradas no bolso da roupa da vítima.

Em nota, a PRF disse que os policiais envolvidos na ação que resultou na morte de Genivaldo de Jesus utilizaram “técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo”.

Confira as postagens de Guilherme Boulos e Carlos Minc. 

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