247 - A jornalista Cynara Menezes, editora do site Socialista Morena, avaliou que a revista Time colocou a mídia corporativa brasileira em um posição constrangedora nesta quarta-feira (4) ao trazer o ex-presiudente Luiz Inácio Lula da Silva na capa de sua mais recente edição.
"A @TIME deu um tapa na cara da mídia brasileira hoje ao colocar lula na capa. tratou-o com o respeito que ele merece e não tem da imprensa do seu próprio país", afirmou Cynara pelo Twitter.
Em entrevista de capa à revista norte-americana Time, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que se eleito vai levar o Brasil de volta aos bons tempos da sua gestão (2003-2010), que ele encerrou com taxa de aprovação de 83%.
Segundo a revista, os desafios de Lula, se eleito, serão “reavivar uma economia debilitada, salvar uma democracia ameaçada e recuperar uma nação marcada pela segunda maior taxa mundial de mortalidade ligada à covid-19 e por dois anos de gestão caótica da pandemia”.
A publicação lembra também que Lula aparece nas pesquisas com 45% das intenções de voto, ante 31% de Jair Bolsonaro. “Porém, esta diferença está diminuindo”, destaca.
Boa parte da entrevista é dedicada à análise do conflito entre Rússia e Ucrânia pelo ex-presidente. Lula considera que esse conflito eclodiu porque faltou investir nas negociações de paz. “Eu não conheço o presidente da Ucrânia. Agora, o comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Ou seja, ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação.”
Unidas. “É urgente e é preciso a gente criar uma nova governança mundial. A ONU de hoje não representa mais nada. A ONU de hoje não é levada a sério pelos governantes. Porque cada um toma decisão sem respeitar a ONU. O Putin invadiu a Ucrânia de forma unilateral, sem consultar a ONU. Os Estados Unidos costumam invadir os países sem conversar com ninguém e sem respeitar o Conselho de Segurança. Então é preciso que a gente reconstrua a ONU, coloque mais países, envolva mais pessoas. Se a gente fizer isso, a gente começa a melhorar o mundo”, afirmou.
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