Estudo considera federações e fusões já confirmadas, além do desempenho partidário de 2018
RBA - Simulação elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), com base nas novas regras eleitorais e no desempenho dos partidos em 2018, aponta redução na quantidade de legendas representadas na Câmara (hoje são 29) e quase “invisibilidade” das pequenas siglas. Por exemplo, caso os partidos e candidatos mantenham em 2022 o mesmo desempenho eleitoral da última eleição, cinco deixariam de ter deputados, e alguns encolheriam de forma expressiva.
Na análise, o Diap antevê três possíveis tendências: “Vantagens para os partidos grandes e médios situados à direita e à esquerda do espectro político; inviabilidade dos pequenos partidos. A salvação dos pequenos será a federação de partidos; significativa redução do número de partidos com representação na Câmara”.
Nessa simulação, o instituto já considera o fim das coligações, portabilidade de votos de quem mudou de partido e fusões/federações já registradas. Até agora, são apenas três federações: PT/PCdoB/PV, Psol/Rede e PSDB/Cidadania. O Diap lembra que vários fatores podem influenciar os números finais, mas observa também que “a simulação com base nos resultados de 2018 serve para alertar que haverá mudanças significativas na composição das bancadas, caso os partidos pequenos e médios não melhorem seu desempenho”.
Assim, a federação mais numerosa (PT, PCdoB e PV), cujos partidos elegeram 69 deputados e agora têm 68, ganharia 19, indo para 87, crescimento de 26% O União
Brasil, formado a partir da fusão entre DEM e PSL, se recuperaria, após cair de 82 para 54 deputados, atingindo 85 (mais 57% em relação à atual bancada).
O PR, que agora é PL, elegeu 33, mais que dobrou a bancada, para 77, mas cairia para 69 (-10,3%). O PP, que foi de 38 para 55, se reduziria para 42 (-23,6%).
Já a federação composta por PSDB e Cidadania praticamente voltaria aos números de 2018, quando esses partidos elegeram 37 deputados. Iriam os atuais 28 para 39 parlamentares. O mesmo aconteceria com o MDB, que durante muito tempo reuniu a maior bancada da Câmara. Nesse caso, a situação seria de estabilidade: 34 em 2018, 37 agora e 38 pela simulação. E ao tradicional PTB, com 10 deputados eleitos e três atualmente, restaria apenas um.
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