"É dinheiro para o público, não é dinheiro público", afirmou o cantor bolsonarista
247 - "É dinheiro para o público, não é dinheiro público", afirmou o cantor sertanejo Sérgio Reis em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ao se referir à contratação de shows de artistas sertanejos pelas prefeituras.
Reis, que foi também deputado federal pelo PRB entre 2015 e 2018, buscou diferenciar esse tipo de pagamento do modelo de captação de dinheiro via Lei Rouanet, que é criticada pelos apoiadores de Bolsonaro. "Uma prefeitura precisa levar lazer para o povo da cidade. Então, meu amigo, se tem uma festa, qual é o problema de ela ter artistas?"
"Das prefeituras a gente ganha. Com a prefeitura, é contrato, lógico. Você tem que dar o dossiê da sua empresa, dar nota fiscal, normal", afirmou Reis, acrescentando que ao longo de suas seis décadas de carreira fez uso dessa estratégia. "O prefeito tem que levar alegria para o povo. O que é que há? O prefeito ajuda o comércio local. Uma festa gira dinheiro para o pipoqueiro, o pobre que vende algodão doce, a dona de casa que faz doce caseiro e vende na banquinha na festa", ele disse.
A discussão veio à tona na semana passada após um ataque do cantor sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, contra Anitta. Ele disse que não dependia da Lei Rouanet e que não precisava fazer uma "tatuagem no 'toba' para mostrar se a gente está bem ou mal", em referência à tatuagem íntima da cantora. No entanto, o cantor recebeu R$400 mil reais em show na cidade de Sorriso, no Mato Grosso.
Além da dupla, o bolsonarista Gusttavo Lima, que recentemente defendeu o "fim do comunismo" durante um show, também recebeu a quantia de R$ 800 mil para fazer um show numa cidade de apenas 8 mil habitantes, no interior de Roraima.
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