sexta-feira, 20 de maio de 2022

Senha de delegada foi usada para obter detalhes de veículo a mando da milícia, diz polícia

 A delegada Ana Lúcia da Costa Barros é mulher de um dos sete presos pela Operação Heron, contra agentes públicos aliados da maior milícia em atividade no estado do Rio

Delegada Ana Lúcia da Costa Barros (Foto: Reprodução)

247 - A polícia investiga se a delegada Ana Lúcia da Costa Barros acessou o próprio banco de dados para ajudar a quadrilha alvo da Operação Heron - contra agentes públicos aliados da maior milícia em atividade no estado do Rio de Janeiro. Ela é mulher de um dos sete presos por envolvimento no esquema. De acordo com investigadores, a senha dela foi usada para acessar detalhes de uma placa de um veículo a mando do miliciano Francisco Anderson da Silva Costa, o Garça.

Policiais tentaram prendê-lo em abril do ano passado, quando apreendeu um celular dele e conseguiu detalhes da quadrilha. Segundo a polícia, em uma das conversas, Garça pediu ao agente penitenciário André Guedes Benício Batalha, marido de Ana Lúcia, para "levantar uma placa". As informações foram publicadas em reportagem do portal G1

O MP-RJ disse que Garça estava desconfiando dos ocupantes de um carro e mandou Guedes descobrir se era um veículo descaracterizado da Polícia Civil. Guedes afirmou ser um Toyota Etios preto e, para conseguir a resposta, usou a senha da delegada da mulher, Ana Lúcia, segundo a denúncia do MPRJ. Não ficou claro se esse automóvel era da polícia.

"Se realmente fosse uma viatura oficial, provavelmente os agentes que ali estivessem teriam o risco aumentado de sofrer algum tipo de retaliação", apontou a denúncia.

"Até o presente momento, não houve constatação do envolvimento da delegada com a milícia", afirmou o delegado Thiago Neves, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).

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