"Minha recomendação ao governo do Brasil é que parem o desmatamento e se concentrem até em plantar mais floresta na região", disse o especialista Petteri Taalas
247 - Um alerta da Organização das Nações Unidas, lançado nesta quarta-feira (18), aponta que o mundo caminha a passos largos para uma "catástrofe climática". De acordo com a coluna do jornalista Jamil Chade, no UOL, o informe apresenta dados que comprovam que os últimos sete anos foram os mais quentes já registrados, além de enviar um recado direto ao Brasil ao pedir o fim do desmatamento na Amazônia.
"Minha recomendação ao governo do Brasil é que parem o desmatamento e se concentrem até em plantar mais floresta na região", disse o secretário-geral da OMM (Organização Meteorológica Mundial, uma agência da ONU), Petteri Taalas, de acordo com a reportagem. "Claro que existem pressões econômicas e pressões locais para continuar a desmatar. Mas, no longo prazo, será muito prejudicial ao país se perder o ecossistema”, completou o especialista. "Parar o desmatamento na Amazônia é um dos grandes desafios do mundo", afirmou
“A cobrança ocorre num momento em que as taxas de desmatamento no país batem novos recordes, apesar das promessas por parte do governo de Jair Bolsonaro de que haveria uma ação maior de fiscalização na região. Os números desmentem também os compromissos diplomáticos assumidos pelo Brasil na Conferência da ONU sobre o Clima, em Glasgow em 2021”, destaca Chade.
“A pressa da entidade em cobrar soluções não ocorre por acaso. De acordo com o novo estudo, os principais indicadores de mudança climática - concentrações de gases de efeito estufa, elevação do nível do mar, calor oceânico e acidificação oceânica - estabeleceram novos recordes em 2021. Para a Organização Meteorológica Mundial (OMM), este é mais um sinal claro de que as atividades humanas estão causando mudanças em escala planetária em terra, no oceano e na atmosfera”, observa o colunista.
Ainda segundo ele, a ONU criticou "o fracasso da humanidade em enfrentar a ruptura climática". Segundo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "o sistema energético global está falido e nos aproxima cada vez mais da catástrofe climática".
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