"Não será dia de protesto, será dia de união do nosso povo para um futuro cada vez melhor para todos nós", afirmou
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado que as manifestações convocadas para o domingo em apoio a ele e a seu governo não serão um protesto, mas uma demonstração de união do povo e do desejo da população de que todos cumpram a Constituição.
"Dizer a todos vocês que por ventura forem às ruas amanhã não para protestar, mas para dizer que o Brasil está no caminho certo, que o Brasil quer que todos joguem dentro das quatro linhas da Constituição e dizer que não abrimos mão da nossa liberdade", disse o presidente em discurso na cerimônia de abertura da Expozebu, realizada em Uberaba (MG).
"Amanhã não será dia de protesto, será dia de união do nosso povo para um futuro cada vez melhor para todos nós", acrescentou.
Nos últimos dias, Bolsonaro abriu um novo capítulo de seu embate com o Supremo Tribunal Federal (STF) ao conceder a graça, um perdão presidencial, ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo a quase nove anos de prisão por coação no curso do processo e ameaça a ministros da corte.
Bolsonaro tem subido o tom dos ataques a ministros do Supremo --especialmente Alexandre de Moraes, que relatou o processo de Silveira-- e frequentemente acusa magistrados da corte de agirem fora dos limites da Constituição.
O presidente também tem aumentado os ataques ao sistema de votação eletrônico e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que será presidido por Moraes durante a eleição de outubro deste ano.
Na sexta-feira, no entanto, mesmo com sua recente ofensiva contra a cúpula do Judiciário, Bolsonaro disse que não quer "peitar" o STF, ao mesmo tempo que afirmou que a corte cometeu "excessos" no julgamento de Silveira e que cabia a ele corrigir esse excesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário