Mais um caso de variante recombinante do vírus SARS-Cov-2, que causa a Covid-19, foi identificada em São Paulo pelo Instituto Butantan. Dessa vez, a variante XG foi encontrada em amostras coletadas de uma mulher de 59 anos, moradora do bairro da Penha, na capital paulista. Não há informações sobre os sintomas, nem se a paciente estava vacinada ou se ela tem histórico de viagem.
A XG é uma variante recombinante das linhagens BA.1 e BA.2 da cepa Ômicron. Ela tem a mesma combinação da variante XE, mas as mutações são diferentes. A maior parte dos casos de infecção pela XG foi registrada na Dinamarca e, por enquanto, não há motivos de preocupação sobre a sua disseminação.
“Todas as variantes recombinantes ainda necessitam de mais atenção nesta questão de disseminação. Há no mundo apenas 205 sequências da XG e isso é pouco em relação à população mundial e ao número de variantes que estão circulando”, disse Gabriela Ribeiro, que trabalha com bioinformática na Rede de Alerta de Variantes do Instituto Butantan, em nota divulgada pelo instituto.
Recombinantes
O vírus original da Covid-19 é o SARS-CoV-2, que foi identificado inicialmente na China. Dele surgiram diversas linhagens, sublinhagens e variantes recombinantes. Isso ocorre porque os vírus são partículas constituídas de material genético, que pode ser DNA ou RNA, envolvidas em uma cápsula de proteína. Quanto mais o vírus se espalha, mais ele tende a sofrer mutações, ou seja mudar sua estrutura inicial. Essa mutação é chamada de variante.
Quando a variante começa a se propagar, infectando pessoas em diferentes regiões ou países, ela se torna uma linhagem. Esse é o caso das variantes Alfa (B.1.1.7), Beta (B.1.351), Gama (P.1), Delta (B.1.617.2) e Ômicron (B.1.1.529). Mas quando a mutação não altera muito o material genético, surgem as sublinhagens, ou seja, variantes muito semelhantes às quais pertencem. Segundo o Instituto Butantan, uma forma fácil de detectar sublinhagens é perceber que a nomenclatura sofreu ramificações, como as da ômicron, das quais surgiram as sublinhagens BA.1, BA.1.1, BA.2 e BA.3.
Já uma variante recombinante é uma cepa que surge quando há uma mistura ou recombinação de material genético de duas ou mais linhagens ou sublinhagens do vírus. Para que isso ocorra, é preciso que uma pessoa contraia pelo menos duas linhagens do vírus ao mesmo tempo.
Até o momento, múltiplas variantes recombinantes foram detectadas em circulação no mundo, podendo ser reconhecidas pela letra X em seu nome. As linhagens recombinantes mais recentes vão de XD, mais popularmente conhecida como deltacron, seguindo em ordem alfabética até XW.
Muito
Casos ativos em Curitiba sobem de novo
A Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba registrou, ontem, 1.780 novos casos de Covid-19 e a morte de um morador de Curitiba, de 74 anos. Esse óbito ocorreu há mais de 48 horas e teve a causa confirmada ontem. O boletim também mostrou nova elevação dos casos ativos. Eram 8.531 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. No boletim do dia anterior, eram 7.614.
A taxa de ocupação dos 15 leitos de UTI SUS exclusivos para Covid-19 estava em 33%. Restavam dez leitos livres. A taxa de ocupação dos 25 leitos de enfermarias SUS Covid-19 estava em 40%. Havia 15 leitos vagos.
Municípios do Paraná recomendam volta das máscaras
Pelo menos duas cidades do interior do Paraná voltaram a recomendar o uso de máscaras nas escolas municipais nesta semana, diante do avanço de casos de vírus respiratórios.
Na segunda-feira a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Londrina, emitiu um documento recomendando o uso de máscaras dentro das unidades escolares municipais, por meio de um ofício enviado para a Secretaria Municipal de Educação (SME).
A medida visa auxiliar na prevenção da disseminação de vírus respiratórios entre as crianças e considera o aumento no número de casos confirmados de Covid-19 no município.
O documento também leva em conta as mudanças climáticas, com previsão de queda acentuada de temperatura para os próximos dias, comum nos meses de outono e inverno, situações em que os indivíduos permanecem mais tempo em ambientes fechados.
Outra preocupação apontada no documento é sobre a Hepatite Aguda Fulminante de etiologia desconhecida, que está acometendo crianças, e os Adenovírus, que são um grupo de vírus que causam doenças respiratórias, como resfriado comum, bronquite e pneumonia. A transmissão é a mesma que a do SARS-COV-2.
Em Foz do Iguaçu, na região Oeste, o mesmo foi feito pela Secretaria Municipal da Saúde, que emitiu uma uma nota orientando para a retomada da medida preventiva nas esolas da rede pública e particular da cidade a partir dessa semana.
Em Curitiba, a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos e fechados foi retirada no final de março, com exceções para os serviços de saúde. Mas setores da saúde insistem que a medida deveria ser retomada, pelo menos nas escolas.
Boletins Covid-19
Dia 17/05
Fonte: Bem Paraná
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