Dinheiro do SUS se transformou durante o governo Bolsonaro em instrumento de barganha política
247 - O governo de Jair Bolsonaro entregou a aliados no Congresso o controle do dinheiro destinado a serviços de saúde nos estados e municípios.
Fonte de recursos utilizados para bancar compras de ambulâncias, atendimentos médicos e construção de hospitais, o Fundo Nacional de Saúde (FNS) distribuiu em 2021 boa parte dos R$ 7,4 bilhões em emendas de relator a redutos eleitorais de caciques do Centrão, ignorando critérios técnicos. Segundo o relator do Orçamento deste ano, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), o FNS se tornou um “instrumento de negociação” política. A informação é do jornal O Globo.
Parte dos pagamentos do FNS ocorre numa modalidade conhecida como “transferência fundo a fundo”. Segundo essa modalidade, o dinheiro do Orçamento vai para o fundo nacional e, de lá, é repassado diretamente para um fundo estadual ou municipal de saúde. Dessa forma, a verba indicada por deputados e senadores se mistura a outras fontes de recursos, o que dificulta a identificação dos gastos.
O dinheiro distribuído pelo governo por critérios políticos beneficia cidades dirigidas por aliados de Bolsonaro.
O uso de fundos municipais de saúde para desvio de dinheiro tem sido alvo de investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU).
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