A pressão segue a linha das críticas feitas por Jair Bolsonaro, que questiona a confiabilidade das urnas eletrônicas
CartaCapital - Indicado pelas Forças Armadas para atuar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o general de Exército Heber Garcia Portella cobrou da Corte a adoção de medidas urgentes para prever e divulgar antecipadamente “as consequências para o processo eleitoral, caso seja identificada alguma irregularidade”. A pressão segue a linha das críticas feitas por Jair Bolsonaro, que questiona a confiabilidade das urnas eletrônicas e a atuação do TSE durante as eleições.
Como mostrou o Estadão, as Forças Armadas enviaram 88 questionamentos ao TSE sobre supostas fragilidades que, na visão dos militares, podem expor a vulnerabilidade do processo eleitoral. As desconfianças, porém, contradizem o resultado de todas as apurações conduzidas até o momento sobre as eleições. No ano passado, a Polícia Federal fez um pente-fino nos inquéritos abertos desde que as urnas eletrônicas passaram a ser usadas, na década de 1990, e não foram encontradas provas de vulnerabilidade do equipamento.
A manifestação do general foi apresentada durante as discussões da Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE para reforçar as medidas de segurança na disputa de outubro. A Corte respondeu ao general que já tem medidas legais e listou uma série de procedimentos que adota quando há falhas nas urnas.
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