"Bolsonaro mente mais uma vez quando diz não poder mudar o PPI (Preço de Paridade de Importação", diz o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar
247 - O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, criticou Jair Bolsonaro (PL), nesta segunda-feira (9), após a Petrobras anunciar o aumento de 8,87% no preço do diesel nas suas refinarias - o reajuste passa a valer a partir desta terça-feira (10).
"Jair Bolsonaro debocha do povo brasileiro ao esconder que o único responsável pelos aumentos absurdos nos preços dos combustíveis é ele mesmo", disse Bacelar. "Bolsonaro mente mais uma vez quando diz não poder mudar o PPI, política que reajusta preços de acordo com a variação do petróleo no mercado internacional, oscilação cambial e custo de importação, mesmo o Brasil sendo autossuficiente em petróleo", acrescentou.
De acordo com o dirigente, "a equivocada política de Preço de Paridade de Importação (PPI) é obra nefasta do Executivo'. "Ou seja, o PPI não é fixado por lei, como quer fazer crer o Presidente da República', disse.
"Bolsonaro não muda a política de reajustes porque não quer desagradar acionistas privados, que têm no PPI a garantia de altos lucros gerados pela estatal, cuja diretoria é nomeada pelo próprio presidente da República. O foco da Petrobrás hoje é gerar e distribuir valor para acionistas. Mais de 45% são investidores estrangeiros, com ações da Petrobras nas bolsas de São Paulo e de Nova Iorque", acrescentou.
O coordenador destacou que o "PPI foi criado por Michel Temer em outubro de 2016 e mantido por Bolsonaro". "Em sua gestão, de janeiro de 2019 a 9 de maio de 2022, houve aumento nas refinarias, de 155,8% na gasolina, 165,6% no diesel e 119,1% no GLP, levando o preço médio do botijão de gás de 13 quilos para acima de R$ 120,00", disse.
"O novo aumento do diesel anunciado nesta segunda-feira (9/5) é mais uma medida com impactos cruéis sobre a inflação e que contribui ainda mais para a explosão dos preços da comida dos brasileiros", complementou. "A estratégia da Petrobrás, sob a vigência do PPI, está ancorada na geração de caixa com objetivo de ampliar a distribuição de dividendo. Com sua política de pouco caso com o brasileiro, Bolsonaro promove uma brutal transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos", finaliza.
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