terça-feira, 31 de maio de 2022

Diretórios regionais do MDB descartam Tebet e se deslocam para Lula e Bolsonaro

 Avaliação é que o fraco desempenho de Simone Tebet nas pesquisas tem levado os pré-candidatos nos estados a se associarem a nomes mais competitivos no cenário nacional

Simone Tebet, Lula e Bolsonaro (Foto: MDB Nacional | Reuters)


247 - A senadora Simone Tebet (MDB-MS) enfrenta resistências à sua pré-candidatura à Presidência da República em pelo menos 13 estados. Nestes locais, a tendência é de apoio às candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o jornal O Globo, as lideranças avaliam que o fraco desempenho de Tebet nas pesquisas, que registra apenas 2% das intenções de voto, faz com que parte dos pré-candidatos a cargos majoritários e ao Legislativo busquem uma associação com nomes mais competitivos no cenário político nacional. 

Segundo a reportagem, apesar das resistências internas, 22 dos 27 diretórios do MDB se posicionaram favoráveis oficialmente à indicação do nome de Tebet para disputar o pleito presidencial. 

“Em Rondônia, o diretório é comandado por Lúcio Mosquini, vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, que avalia compor um palanque bolsonarista. Nos outros quatro — Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas —, o partido defende apoio a Lula”, ressalta o periódico.

Em outros estados da Região Nordeste, como Bahia e Piauí, o MDB formará chapas com candidatos do PT ao governo e deverá estar no palanque de Lula ao longo da campanha. Em Sergipe, o ex-governador Jackson Barreto tem afirmado que é “pessoalmente simpático a Lula” e está alinhado ao governador Belivaldo Chagas (PSD), que já manifestou apoio ao ex-presidente. 

A postulação de Simone Tebet também enfrenta dificuldades em Alagoas, onde o governador Paulo Dantas (MDB) é aliado do senador Renan Calheiros. Calheiros é um dos nomes que mais tem oferecido resistência ao nome da correligionária dentro do MDB. O governador do Pará, Helder Barbalho, que recebeu uma declaração de apoio de Lula, disse recentemente que o cenário é de “polarização consolidada”. 

No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) está apoiando a reeleição de Jair Bolsonaro, além de ter as ex-ministras Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos) como pré-candidatas ao Senado em sua chapa.

No Rio de Janeiro, o apoio do MDB ainda está indefinido. O presidente do diretório estadual, o ex-deputado Leonardo Picciani, defende que a legenda firme uma aliança com o PT. Já o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, que tenta ser o vice na chapa do governador Cláudio Castro (PL), deverá ficar ao lado de Bolsonaro.

Ainda segundo a reportagem, “Tebet pode ter de dividir o apoio do MDB até mesmo em seu estado, Mato Grosso do Sul. O pré-candidato emedebista ao governo, André Puccinelli, é cortejado pela direção nacional do PT para abrir palanque a Lula. A relação entre Puccinelli e Tebet sofreu um abalo em 2018, quando a senadora recusou seu convite para concorrer ao governo”.

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