Comitê de Direitos Humanos da ONU concluiu que Lula foi vítima de um julgamento injusto e parcial por parte de Sergio Moro, o que abriu espaço para a chegada de Bolsonaro ao poder
247 - O advogado e jurista Fernando Augusto Fernandes, em artigo publicado na CartaCapital nesta segunda-feira (2), afirma que a decisão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) de reconhecer que o ex-presidente Lula (PT) foi vítima de um julgamento injusto e parcial por parte do ex-juiz Sergio Moro "não termina com a análise simplória dos personagens envolvidos", mas "coloca em xeque a democracia brasileira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o nosso sistema de Justiça e a legitimidade do governo do presidente Jair Bolsonaro".
No texto, o artigo lembra que a candidatura presidencial de Lula em 2018 foi vetada com base na Lava Jato, operação que se mostrou posteriormente recheada de ilegalidades, fraudes, abusos e excessos. "Lula, até então líder em todas as pesquisas em 2018, foi impedido de disputar [a eleição], o que criou todas as condições para a eleição de Bolsonaro", destaca.
"Perante o mundo" e diante de todos os escândalos no Brasil nos últimos anos, diz Fernandes, "a lisura da eleição brasileira de 2022, talvez uma das mais tensas e disputadas da nossa história, está em não permitir fake news, fortalecer a imprensa livre e independente, e ter um Judiciário que esteja atento às possibilidades de golpes".
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