Grupo Mônaco, pertencente à empresária Carla Denardim, possui contrato de R$ 11,9 milhões com a Codevasf do Piauí, reduto eleitoral de Ciro Nogueira
247 - O senador licenciado e ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), destinou R$ 240 mil por meio de uma emenda parlamentar para a compra de um caminhão de lixo fornecido pela empresa de uma amiga que frequenta o seu gabinete na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
“Da liberação dos recursos até a aquisição do veículo, todas as etapas passaram pelas mãos de aliados do ministro. A estatal que fez o pregão é comandada por um apadrinhado dele, a prefeitura que efetuou a compra é de uma correligionária e a empresa que vendeu é de uma amiga que frequenta seu gabinete”, diz o jornal O Estado de S. Paulo.
Segundo a reportagem, a empresa que forneceu o veículo pertence à empresária Carla Morgana Denardin, do Grupo Mônaco Diesel Caminhões, Ônibus e Tratores Ltda.
A aproximação de Nogueira com Jair Bolsonaro (PL) fez com que o grupo ampliasse a venda de compactadores de lixo para o governo e firmasse um contrato de R$ 11,9 milhões junto a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) do Piauí, reduto eleitoral do ministro, para a compra de até 40 veículos do gênero.
A emenda de Nogueira viabilizou a aquisição de um caminhão compactador de lixo para atender o município piauiense de Brasileira (PI), que possui 8.364 habitantes. O equipamento, contudo, não é indicado para municípios com menos de 17 mil habitantes por causa do alto custo. Nesses casos, o recomendado é a utilização de caminhões basculantes. A cidade é administrada pela prefeita Carmen Gean (Progressistas), aliada do ministro.
No domingo, o periódico revelou um esquema de compra de caminhões de lixo que fez com que a aquisição deste veículos aumentasse 800% entre 2019 e 2022%. “Ao analisar 1,2 mil documentos referentes à aquisição desses veículos, o jornal encontrou suspeitas de sobrepreço de R$ 109,3 milhões. O dinheiro sai de emendas parlamentares de deputados e senadores, e a compra é feita por estatais que Bolsonaro deu para controle do Centrão”, ressalta a reportagem.
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