Colunista da Folha de S.Paulo comenta os dados de uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas sobre a fome
247 - O colunista da Folha de S.Paulo Celso Rocha de Barros comenta nesta segunda-feira (30) o estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre insegurança alimentar no final de 2021 ao redor do mundo. "A porcentagem de brasileiros que relatou não ter tido dinheiro para alimentar a si mesmo ou a seus familiares em algum momento dos últimos 12 meses subiu de 30% para 36%", pontua, chamando a atenção para o fato de que pela primeira vez desde que a pesquisa é feita, o percentual brasileiro é maior do que a média mundial (35%).
"Como se pode imaginar, o problema foi muito pior entre os brasileiros mais pobres. Em 2021, 75% dos cidadãos que compõem os 20% mais pobres da população brasileira ficaram sem dinheiro para comer ou para alimentar suas famílias em algum momento. Três quartos".
"Como notam os pesquisadores da FGV, a proporção de brasileiros a quem faltou dinheiro para comprar comida é próxima da proporção entre os cidadãos do Zimbábue, em que 80% da população relataram ter passado pela mesma aflição".
"A tragédia da fome bolsonarista é uma tragédia feminina. A insegurança alimentar masculina, na verdade, caiu um ponto percentual, de 27% para 26%". "Entre as mulheres, a fome cresceu de 33% para 47%. A diferença entre homens e mulheres no Brasil é seis vezes maior do que no resto do mundo. É altamente provável que fome de mulher seja sinônimo de fome de criança."
O colunista chega a uma conclusão que se tornou majoritária na população brasileira. "A lição é clara: vote para presidente supondo que o (a) eleito (a) pode ser o (a) responsável por conduzir o Brasil durante crises de vida ou morte.
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