Ao criticar a política da Petrobrás que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao dólar, Bolsonaro omite que é ele quem tem responsabilidade sobre isso
247 - Jair Bolsonaro voltou a defender a privatização da Petrobrás por meio do fatiamento da estatal e criticou a paridade do preço internacional do petróleo, que ao lado da variação cambial compõe a base da política de preços da estatal. Ele, porém, não admitiu ter responsabilidade sobre a política de preços praticada pela companhia.
"A privatização da Petrobrás leva no mínimo quatro anos. Uma ideia era fatiar a Petrobrás. Realmente não está dando certo atualmente. Apesar de estar na nossa Constituição a sua função social, ela não está cumprindo", disse Bolsonaro em uma entrevista gravada na semana passada para o programa do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, e divulgada nesta terça-feira (31).
Ainda segundo ele, "a Petrobrás não pode continuar a usar a paridade de preço internacional sendo que nós aqui somos autossuficientes, não somos autossuficientes em refino, repassando isso sempre para o povo".
O Brasil não possui capacidade para atender todo o mercado de combustíveis com suas refinarias, situação agravada pelas privatizações de várias unidades da Petrobrás, sendo obrigado a importar diesel e gasolina para atender a demanda.
Somente no primeiro quadrimestre deste ano, a importação de diesel aumentou 23,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 4,7 bilhões de litros, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
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