segunda-feira, 11 de abril de 2022

Venezuela comemora 20º aniversário da derrota da tentativa de golpe contra Chávez

 Tentativa de golpe em 2002 contou com apoio dos Estados Unidos

(Foto: JUAN BARRETO)

247, com ARN - Vários setores políticos e sociais da Venezuela comemoraram o vigésimo aniversário do golpe de Estado contra Hugo Chávez (1999-2013), que contou com o apoio dos Estados Unidos, durou de 11 a 13 de abril de 2002 e enfrentou intensos protestos sociais.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, expressou-se em sua conta no Twitter, onde assegurou que "o golpe de Estado contra o comandante Chávez foi um crime nefasto da direita oligárquica contra a CRBV [a Constituição da República Bolivariana da Venezuela], as instituições e o povo venezuelano que viveu 20 anos de vitórias com determinação e coragem". "O nosso destino é continuar a vencer!", acrescentou.

Por sua vez, Diosdado Cabello escreveu na mesma rede social: "Serei breve: Por Chávez sempre. Venceremos!". Cabello, que era número dois do governo Chávez e hoje é presidente do Partido Socialista Unido Chavista da Venezuela (PSUV), teve um papel de liderança durante o golpe. Na época, era vice-presidente e os golpistas lhe devolveram o poder em 13 de abril, de modo que ele o entregou no dia seguinte a Chávez, que havia sido sequestrado até aquele dia.

Também o vice-presidente do PSUV, Pedro Infante, lembrou que para esta segunda-feira se chama uma mobilização nacional “que representa a força do povo em defesa do poder político, da pátria e do seu líder, Hugo Chávez”.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Félix Plasencia, informou na sua conta de Twitter que esta segunda-feira, na sede da pasta, será realizada uma Reunião Internacional contra o Fascismo, com cerca de 200 convidados dos cinco continentes. "Uma reunião de três dias para discutir o golpe de Estado de 20 anos atrás e a reação do povo venezuelano que devolveu Chávez ao poder", disse.

O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, compartilhou via Twitter: "Há 20 anos, o mundo testemunhou a maldade dessa facção subversiva, sua natureza antidemocrática e sua baixeza. Duas décadas atrás, orgulhosamente apoiados pelo imperialismo, eles não podiam. Hoje dizemos a eles: eles jamais poderão! Viva a revolução bolivariana." Em declarações à mídia local, acrescentou: "Estamos com a Revolução Bolivariana, de Hugo Chávez ao nosso presidente Nicolás Maduro, viva a Pátria e as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas e a união cívico-militar".

Já a organização Provea lembrou que o país registrou pelo menos 320 mortes durante a repressão ao golpe e criticou o projeto da revolução bolivariana e suas restrições. Em comunicado, a organização disse que uma vez restabelecido no poder, Chávez manteve algumas das diretrizes instaladas durante o golpe contra ele.

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