Presidente da Petrobrás disse que a única forma de reduzir os preços dos combustíveis é "torcer para a guerra passar" e menosprezou Lula, que governou o país por oito anos
247 - O presidente da Petrobrás, general Joaquim Silva e Luna, que será rifado por Jair Bolsonaro (PL) para dar espaço ao lobista Adriano Pires, afirmou à Veja que a única maneira de reduzir os preços dos combustíveis no Brasil é "torcer para a guerra passar", em referência ao conflito entre Rússia e Ucrânia.
O militar ainda menosprezou o ex-presidente Lula, que governou o país durante oito anos e deixou o Palácio do Planalto com alto índice de aprovação, chamando-o de "aventureiro". "Se Lula fosse eleito, como o senhor acha que isso impactaria a Petrobrás?", perguntaram os repórteres Victor Irajá e Felipe Mendes.
"Eu confesso que gostaria que o resultado das eleições fosse outro, mas, se isso acontecer, para mudar algo na Petrobrás, vai ter que mudar muita norma, muita lei. Tenho dito de forma contundente que aqui não cabe aventureiro, hoje a governança da Petrobrás não permite isso. Graças à governança, não vejo possibilidade para que aconteça algo parecido com o que ocorreu no passado", disse.
Sobre os preços dos combustíveis nas alturas, ele afirmou que a Petrobrás não pode fazer nada e defendeu a atual política de preços da empresa, que vincula o mercado interno ao dólar, permitindo com que acionistas privados recebam dividendos exorbitantes enquanto a população é obrigada a gastar fortunas nos postos. "Mexer na política de preços é como mexer na lei da gravidade. A forma de baixar o preço é torcer para a guerra passar. Não vejo solução a partir da Petrobrás".
Em algumas regiões do Brasil, o litro da gasolina chega a ser vendido por R$ 10.
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