segunda-feira, 4 de abril de 2022

Senadores e militares criticam uso do orçamento secreto do Ministério da Defesa para contemplar aliados de Bolsonaro

 Pasta contemplou 11 senadores para realizar obras em redutos eleitorais

Forças Armadas e o ministério da Defesa (Foto: Abr)


247 - Senadores e generais da reserva reagiram ao uso do orçamento secreto pelo Ministério da Defesa, de R$ 588 milhões. Deste total, R$ 401 milhões foram repassados pela pasta militar para contemplar aliados do governo no Senado e bancar até a construção de uma capela funerária, informa O Globo.

Segundo reportagem publicada pelo jornal neste domingo (3), 11 senadores, sendo a maioria alinhada ao governo, foram contemplados com emendas de relator repassadas pelo Ministério da Defesa para realizar centenas de obras em seus redutos eleitorais. O ministério era chefiado, até poucos dias atrás, pelo general da reserva Braga Netto, que será candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. 

Para o senador Telmário Mota, líder do PROS, o Ministério está beneficiando quem goza de mais proximidade do governo. 

O senador Paulo Rocha (PT-PA_) diz que o uso do orçamento secreto no Ministério da Defesa, ou em qualquer pasta, é uma afronta à Constituição.

Generais da reserva ouvidos pelo jornal avaliaram como "grave" o uso de recursos da pasta para fazer obras sem conexão com a área da Defesa.

"Em momento nenhum, da minha vida militar, vi recursos da Defesa sendo empregados de forma política, para atender interesses outros que não sejam a missão Constitucional das Forças Armadas. Eu nunca vi isso. Uma decepção", afirma o general da reserva Paulo Chagas.  


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