sexta-feira, 1 de abril de 2022

Podemos estima que Moro deu prejuízo de R$ 3 milhões ao partido

 Entre as despesas que o partido abandonado pelo ex-juiz suspeito teve estão gastos com pesquisas, fotografia e lançamento da candidatura presidencial

Sergio Moro e Renata Abreu (Foto: Saulo Rolim/Podemos)

247 - O Podemos calcula que teve despesas de cerca de R$ 3 milhões com a pré-candidatura a presidente do ex-juiz Sérgio Moro, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por parcialidade contra o ex-presidente Lula nas ações da Lava Jato. 

Nas contas da legenda, teve gastos como os R$ 210 mil na filiação de Moro; R$ 248 mil em segurança privada para o ex-ministro; R$ 110 mil em passagens e hospedagens para ele se deslocar pelo país; R$ 600 mil em pesquisas de intenção de voto; R$ 60 mil na equipe jurídica e R$ 70 mil com fotografia. Além disso, Moro recebeu um salário mensal de R$ 22 mil.

Segundo o jornal O Globo, ao deixar o Podemos, Moro e aliados alegaram que a legenda não tinha estrutura para sustentar uma campanha presidencial e que o objetivo da presidente da sigla, Renata Abreu, era priorizar a eleição das bancadas no Congresso. Podemos dispõe de cerca de R$ 200 milhões para este ano, sendo que quase metade desse valor ficaria à disposição de Moro, enquanto o União Brasil, novo partido do ex-ministro, tem o maior caixa do País, estimado em mais de R$ 1 bilhão.

Em nota sobre a saída de Moro, divulgada nessa quinta-feira (31), a presidente do Podemos, Renata Abreu, criticou a falta de consideração de Moro com a sigla, ao se filiar ao União Brasil sem comunicar o fato ao Podemos. "Para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável", disse a dirigente do partido.  

Ex-aliados do Podemos apostam até na desistência da candidatura à Câmara Federal à medida que ele entender como funciona o novo partido ao qual se filiou. É o que informa o jornalista Guilherme Amado, em coluna no Metrópoles. 

Leia, abaixo, a nota do Podemos:



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