Os partidos argumentam que "atos atentatórios contra a democracia e os Direitos Humanos" são recorrentes por parte do deputado
247 - PSol e Rede apresentaram ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados um pedido para cassar o mandato do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por conta do deboche do filho de Jair Bolsonaro à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão na ditadura militar. PT e o PCdoB também informaram que vão acionar Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética.
O deputado postou no Twitter uma "piada" ao comentar um tuíte da jornalista crítico de seu pai, que também é saudosista do regime militar. O tuíte do deputado contém um emoji de uma cobra, em referência ao fato de que, em 1972, Leitão foi colocada grávida com uma jiboia em uma sala escura. Além disso, ela foi agredida fisicamente.
No pedido, PSol e Rede classificam a declaração de Eduardo Bolsonaro como "abjeta, repugnante e criminosa", informa o portal g1.
Argumentam que "atos atentatórios contra a democracia e os Direitos Humanos" são recorrentes por parte do deputado.
"O parlamentar representado [Eduardo Bolsonaro] deixa mais uma vez evidenciado o seu caráter misógino e machista. A violência política é calcada no menosprezo, discriminação e inferiorização do feminino, e objetiva impedir, anular ou obstaculizar o exercício dos direitos políticos ou profissional das mulheres, comprometendo a participação igualitária em diversas instâncias da sociedade", diz a peça protocolada.
PSOL e Rede destacam ainda que declaração é "grave" e atenta contra os deveres dos parlamentares expostos na Constituição.
"A cassação de Eduardo Bolsonaro é imperativa e urgente. Não há nenhuma condição moral e política dele permanecer à frente de qualquer cargo público", argumentam.
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