quarta-feira, 6 de abril de 2022

Lula defende volta de estoques reguladores da Conab e diz que presidente "precisa conhecer as entranhas do povo" .

 "A fome chegou na casa de 19 milhões de pessoas. Nós tínhamos um estoque regulador de alimentos na Conab, que não existe mais", disse Lula

(Foto: Ricardo Stuckert | Divulgação/Conab)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro, defendeu nesta quarta-feira (6) atuação maior da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no combate à fome no país. 

Pelo Twitter, Lula lembrou dos estoques reguladores de alimentos mantidos pela Conab, que tinha a função de minimizar as incertezas relacionadas à alta na demanda de vendas e mantinha os preços estáveis, mesmo nas entressafras. 

"Quem quer ser presidente precisa conhecer as entranhas do povo. Tem que saber o que o povo está passando hoje. A fome chegou na casa de 19 milhões de pessoas. Nós tínhamos um estoque regulador de alimentos na Conab, que não existe mais. Temos muito a reconstruir no Brasil", afirmou o ex-presidente. 

Boa relação com agronegócio

Em entrevista à Rádio Lagoa Dourada, de Ponta Grossa (PR), nessa terça-feria (5), Lula ressaltou que manteve uma boa relação institucional com os responsáveis pelo agronegócio brasileiro e lembrou de medidas tomadas em seu governo que ajudaram a financiar e modernizar a produção de alimentos no país.

“O agronegócio toda vez que quiser conversar comigo, sabe que tem interlocutor. Fiz a MP 432, de 2008, que a gente fez o financiamento. Era uma dívida de quase 89 bilhões de reais e graças àquele projeto de securitização da dívida, da produção agrícola brasileira, a gente salvou a agricultura brasileira. Pode perguntar para qualquer agricultor que ele sabe disso. No tempo que era presidente, eles compravam uma máquina dessa que você vê plantando e colhendo, com juros de 2% ao ano, financiada pelo Finame. Agora não tem Finame, então se quiser dinheiro emprestado, eles pagam 14%, 18%”, afirmou.

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