"Os juros baixos eram uma das poucas vantagens de Bolsonaro na economia", avalia o empresariado, que agora vê a Selic em 11,75%
247 - Empresários pró-Jair Bolsonaro (PL) estão insatisfeitos e reclamam nos bastidores da alta dos juros, de acordo com a Folha de S. Paulo. Eles dizem que a alta do índice reduziu o retorno financeiro dos grupos, comprometendo planos futuros de expansão.
"Em conversas privadas, grandes empresários avaliam que os juros baixos eram uma das poucas vantagens de Bolsonaro na economia diante da implosão da agenda liberal, que prometia um Estado menor e menos intervenção na atividade econômica", diz a reportagem
No primeiro ano do governo Bolsonaro, 2019, a Selic, taxa básica de juros, estava em 6,50%. Em 2020, com a pandemia, caiu para 2%, partindo de uma tentativa do Banco Central de estimular a economia.
Com a deterioração do cenário econômico interno e global, o Banco Central passou a Selic de 2,75% no início de 2021 para 11,75% em março de 2022. A tendência é que a taxa continue em alta.
A avaliação do empresariado é de que a situação pode comprometer a reeleição de Bolsonaro. O ex-presidente Lula (PT), esperam os empresários, deverá defender uma agenda de apoio ao trabalhador e de estímulo à economia na tentativa de atacar os juros e estimular o mercado de crédito.
Diante da ameaça, Bolsonaro corre para liberar dois programas de financiamento às empresas do país, especialmente pequenas e médias. Elas são responsáveis por mais de 90% dos empregos formais do país.
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