Pré-candidato tucano afirma que seu plano era obter o "apoio explícito" do partido
247 - João Doria (PSDB) disse em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (31) que não tinha pensado em desistir da disputa, mas que "houve, sim, um planejamento" para obter apoio explícito do partido.
Ao final de seu discurso de despedida do Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (31), o agora ex-governador disse que as notícias sobre sua eventual desistência à disputa da Presidência da República foram uma “estratégia política”.
Segundo o tucano, houve um planejamento prévio para que o presidente do partido, Bruno Araújo, tivesse de se manifestar publicamente em apoio a seu nome, aponta reportagem do Valor.
“Diria que foi um comportamento estratégico. Isso faz parte da vida política também, ter estratégia para poder construir caminhos e solidificar esses caminhos. Não se pode agir apenas emocionalmente, a política exige raciocínio e eu aprendi a ter raciocínio no setor privado. Isso (o boato de que desistiria) foi para fortalecer a nossa candidatura e o PSDB”, disse Doria.
Ao negar que desistiria da disputa, o pré-candidato tucano disse que seu planejamento visava obter o "apoio explícito do PSDB a partir de seu presidente, Bruno Araújo".
De posse da carta assinada por Araújo, Doria diz que a partir de agora não pode haver questionamento de sua candidatura. "Não há questionamento, não há golpe possível”, afirmou em referência a Eduardo Leite, que renunciou ao governo do Rio Grande do Sul na segunda-feira (28), colocando-se como opção ao partido.
Em recado direto a Leite, afirmou: “Quem dá golpe é ditadura, governo autoritário. Aliás, hoje é dia 31 de março, o dia do golpe militar. Então, quero lembrar ao Eduardo Leite que não caminhe por essa linha. Trabalhe pelo seu Estado, você tem muitas oportunidades ainda para percorrer. Não queira se associar aqueles que gostam de golpear, de usurpar e até de roubar.”
Ao comentar sobre os próximos passos de sua pré-campanha, Doria fez questão de citar a desistência do ex-juiz Sérgio Moro de concorrer ao Planalto. Ao trocar o Podemos pelo União Brasil nesta quinta, Moro anunciou que, neste momento, abre mão da disputa. Segundo dirigentes da sigla, ele vai disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Doria diz que manterá ‘bom diálogo’ com Moro.
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