Perpétua Almeida quer incluir no rol de quebra de decoro violências políticas contra a mulher. Recentemente, Eduardo Bolsonaro atacou de forma vil a jornalista Míriam Leitão
247 - Após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) atacar de forma vil a jornalista Míriam Leitão, zombando da tortura sofrida por ela durante a ditadura militar, a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) apresentou na quarta-feira (13) uma resolução - ferramenta que visa alterar o regimento interno da Câmara dos Deputados - propondo incluir na prática de quebra de decoro parlamentar violências políticas contra a mulher, como assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, parlamentares e demais mulheres.
Atualmente, a oposição tenta abrir um processo no Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro. O caso, no entanto, está parado porque o conselho ainda não começou a funcionar neste ano.
“A ideia é também fazer uma campanha de mobilização para que deputadas estaduais e vereadoras repliquem a proposta nas Assembleias e Câmaras Municipais do Brasil”, disse Almeida ao Estado de S. Paulo.
Ela ainda lembrou de dois casos recentes para justificar sua proposta: o assédio sofrido pela deputada estadual de São Isa Penna (PCdoB), que os seios apalpados pelo também deputado estadual Fernando Cury (União Brasil); e a vereadora de Goiânia Camila Rosa (PSD), que teve o microfone cortado a pedido do presidente da Casa, André Fortaleza (MDB), durante uma discussão sobre participação feminina na política.
Para entrar em vigor, o projeto de Almeida precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e, depois, pelo plenário da Casa.
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