domingo, 10 de abril de 2022

Classificado como corrupto pela PF, Ciro Ciro Nogueira diz que corrupção no governo Bolsonaro é "virtual"

 "Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada", disse o ministro em relação ao escândalo no MEC

Jair Bolsonaro e Ciro Nogueira (Foto: Adriano Machado/Reuters)

247 - O ministro da Casa Civil e um dos líderes do centrão, Ciro Nogueira, negou as suspeitas de suborno envolvendo o governo Jair Bolsonaro e qualificou como "corrupção virtual” as denúncias de que pastores indicados pelo atual ocupante do Palácio do Planalto e sem cargos no governo tenham intermediado a liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC) em troca de propinas. Nesta semana, a Polícia Federal concluiu que o ministro recebeu propinas do grupo J&F e, por isso, cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O relatório final sobre o caso foi enviado nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).

"Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada", disse  Nogueira ao jornal Folha de S. Paulo. “É igual à questão das vacinas, é uma corrupção virtual, que não existiu”, completou.

Na entrevista, Nogueira também defendeu as chamadas emendas de relator, que fazem parte do orçamento secreto do governo Bolsonaro para cooptar parlamentares no Congresso. Você já viu um governo, desde que o mundo é mundo, não fazer isso? Você acha que no governo do PT o pessoal do PSDB fazia as indicações?”, disse o aliado de Bolsonaro. 

Ele também disse acreditar que Bolsonaro será reeleito no pleito presidencial de outubro e atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto. “O maior cabo eleitoral de Bolsonaro é o Lula. O Bolsonaro de hoje é muito melhor do que o Bolsonaro de 2018. O Lula é o contrário. O Lula de hoje é muito pior do que o Lula de 2002. Tenho certeza que as pessoas não vão querer isso’, avaliou. 

Ainda segundo Nogueira, a entrada dos militares no governo - que hoje ocupam cerca de 8 mil cargos comissionados na administração federal - é aprovada pela população. “ Está dando certo o país. É o caminho, as pessoas estão aprovando isso. As instituições militares são altamente respeitadas e aprovadas”, disse. 

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