segunda-feira, 7 de março de 2022

Ucrânia diz que proposta da Rússia para retirada de civis é “cínica’ e 'inaceitável'

 Governo ucraniano afirma que russos querem obrigar refugiados a ir para Rússia e Bielorrúsia

Refugiados na cidade polonesa de Przemysl, na fronteira com a Ucrânia (Foto: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

247 com agências internacionais - A ministra de Territórios Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, afirmou que a proposta da Rússia para abertura de corredores humanitários é "absurda, cínica, inaceitável".

Na manhã de hoje, a Rússia autorizou a retirada de civis de Kiev, Mariupol, Kharkiv e Sumy, desde que eles se dirijam para a Rússia ou Bielorrúsia.

Um porta-voz do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu que os cidadãos possam deixar suas casas, mas continuar em território ucraniano. A informação é do site Sky News.

"Esta é uma história completamente imoral. O sofrimento das pessoas é usado para criar a imagem de televisão desejada", criticou ele. "Estes são cidadãos da Ucrânia, eles devem ter o direito de evacuar para o território da Ucrânia."

Autoridades da Ucrânia acusam a Rússia de não interromper bombardeios em áreas que deveriam ser seguras para a passagem de civis. "É extremamente perigoso evacuar pessoas em tais condições", afirmou o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rebateu, acusando as autoridades ucranianas de prejudicarem as operações humanitárias de retirada de civis de Mariupol.

Autoridades da Ucrânia acusam a Rússia de não interromper bombardeios em áreas que deveriam ser seguras para a passagem de civis. "É extremamente perigoso evacuar pessoas em tais condições", afirmou o chefe da Administração Militar Regional de Donetsk, Pavlo Kirilenko.

Um vídeo com um ataque russo contra civis que tentavam deixar a cidade de Irpin, perto de Kiev, deixou uma mulher e duas crianças mortas e outros feridos. Veja:

Em Mariupol e Volnovakha, no leste da Ucrânia, o cessar-fogo fracassou no sábado (5) e domingo. Era prevista a saída de pelo menos 215 mil pessoas nos dois distritos, que estão cercados por militares da Rússia.

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