Segundo o partido, a administração dos recursos do MEC "vem sendo aparelhada" para auxiliar o projeto de reeleição de Bolsonaro
247 - O PT pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue abuso de poder econômico e político por parte do ministro da Educação, Milton Ribeiro, e do chefe de governo, Jair Bolsonaro.
Segundo o partido, a administração dos recursos do MEC "vem sendo aparelhada" para auxiliar o projeto de reeleição de Bolsonaro, além de se atrelar a interesses religiosos de Ribeiro, mesmo o Brasil sendo um Estado laico.
Em conversa gravada obtida pela Folha de S.Paulo, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, admite priorizar demandas de prefeitos apresentados a ele pelo gabinete paralelo na pasta, formado por pastores. A dirigentes municipais dentro do ministério, Ribeiro afirma seguir ordem de Bolsonaro.
"O conteúdo do áudio divulgado pelo mencionado jornal é muito claro: os prefeitos que apoiarem o projeto de reeleição do Presidente da República, a partir da indicação dos Ministros de Fato (Pastores) terão seus pleitos financeiros e econômicos atendidos com prioridade, inclusive no que se refere à construção de espaços religiosos (templos)", argumenta o PT.
"O ministro da Educação admite em confissão irrefutável" que o MEC "não se orienta, na distribuição das verbas públicas, por critérios e estudos técnicos ou quiçá prioridades identificadas pela própria administração", acrescenta o partido.
Para o PT, pelo menos desde o início de 2021, Ribeiro se usa da estrutura do MEC para "promover a candidatura e os desideratos políticos do Presidente da República".
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