quinta-feira, 17 de março de 2022

Promotor responsável pela delação contra Alckmin tem histórico de disputas com Lula e seus aliados

 Promotor José Carlos Blat já pediu a prisão preventiva do ex-presidente e foi acusado por dirigentes do PT de perseguição ao partido


José Carlos Blat (Foto: Ricardo Stuckert | Alesp)


247 - O promotor José Carlos Blat, um dos responsáveis pela delação que acusa o ex-governador e possível vice na chapa de Lula para a Presidência, Geraldo Alckmin, -- sobre um suposto pagamento de R$ 3 milhões, por meio de caixa 2, que teria sido feito pela concessionária Ecovias -- tem um histórico de disputas com o ex-presidente e seus aliados. 

Em 2016, Blat pediu a prisão preventiva de Lula em uma denúncia sobre o caso do tríplex do Guarujá -- encerrado em janeiro deste ano pela 12ª Vara Federal de Brasília --, quando a denúncia já era investigada pela Lava Jato em Curitiba. A Justiça de São Paulo remeteu o caso para o gabinete do ex-juiz suspeito Sergio Moro e a iniciativa do MP estadual foi criticada inclusive pela oposição ao governo do PT. O processo, que culminou com a prisão de Lula por decisão de Moro, foi anulado pelo Supremo Tribunal Federal. 

A petição era assinada por Blat, Fernando Henrique Araújo e Cássio Conserino

Conforme lembra a revista Veja, em 2010, o promotor também havia denunciado o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outras cinco pessoas envolvidas no Caso Bancoop. Dirigentes do PT acusavam o promotor de perseguição ao partido. 

A denúncia contra Lula seis anos depois em SP se deu neste mesmo caso, já que a cooperativa foi responsável pelo início das obras do edifício Solaris, concluída pela OAS, onde fica o tríplex. 

O coordenador do Grupo Prerrogativas, advogado Marco Aurélio de Carvalho, criticou o uso político da delaçã contra Alckmin, que vem justamente no momento em que o ex-governador de SP é o nome favorito para ser vice de Lula na disputa presidencial.



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