Gilmar Santos e Arilton Moura tinham livre trânsito pelo alto escalão do governo e faziam reuniões com importantes ministros do governo Jair Bolsonaro
247 - Os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, apontados como líderes do gabinete paralelo do Ministério da Educação, tinham livre trânsito pelo alto escalão do governo federal, incluindo o Palácio do Planalto, segundo jornal O Globo.
Eles tiveram encontros com Jair Bolsonaro (PL), além de ministros e secretários. Foram quatro reuniões em Brasília, três no Planalto e um no Ministério da Educação, junto com o ministro Milton Ribeiro.
Dois encontros ocorreram ainda em 2019, no primeiro ano de mandato de Bolsonaro. Na ocasião, outras lideranças evangélicas também estavam presentes. Em 2020, Bolsonaro recebeu mais uma vez o pastor Gilmar Santos em seu gabinete, desta vez para uma audiência a sós. No mesmo dia, logo após o encontro com o Bolsonaro, o religioso foi ao Ministério da Educação se encontrar com Milton Ribeiro, de acordo com os horários das reuniões.
Os pastores também foram recebidos pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo ministro Onyx Lorenzoni, em 2019, quando ainda ocupava o posto de chefe da Casa Civil.
Em gravação, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, admitiu priorizar demandas de prefeitos amigos dos pastores. Usuários das redes sociais apelidaram o escândalo de "Bolsolão do MEC". Conforme revelou o Estado de S. Paulo, o grupo de pastores que "assessorava" o MEC eram responsável por conectar prefeitos a Ribeiro e ainda tinham poder sobre a liberação de verbas.
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