terça-feira, 22 de março de 2022

Lula: "Porto de Mariel, em Cuba, gerou US$ 900 milhões em compras do Brasil" (vídeo)

 Em entrevista, Lula desmentiu fake news de Bolsonaro sobre empréstimos do BNDES em países como Cuba, Venezuela e Angola: "é pura ignorância ou falta de informação"

(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)


Fórum - Em entrevista na manhã desta terça-feira (22) a uma rádio de Santa Catarina, Lula (PT), que lidera as pesquisas de intenção de votos, desmentiu mais uma fake news propagada por Jair Bolsonaro (PL) entre seus apoiadores.

Lula explicou detalhadamente como funcionam os aportes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em países como Cuba e Venezuela, que nada mais são que empréstimos a juros para que esses países contratem empresas brasileiras para desenvolvimento de projetos.

"O Brasil não seria o que é se não tivesse havido investimentos estrangeiros no início do século. Houve muito financiamento estrangeiro financiado por bancos estrangeiros. O Brasil é o único país do mundo que quando a gente decide fazer um empréstimo para um país para um investimento, esse país é obrigado a contratar uma empresa brasileira. E aí a gente começa a exportar serviços, engenharia", explicou.

O pré-candidato do PT ainda deu cifras do resultado do investimento feito pelo BNDES no porto na cidade cubana de Mariel.

"O Porto de Mariel, em Cuba, gerou US $900 milhões em compras de produtos do Brasil. Além de que os cubanos pagam empréstimo. O Metrô da Venezuela começou com o Fernando Henrique Cardoso e começou corretamente. Da mesma forma que nós recebemos dinheiro emprestado para fazer coisas no Brasil", disse.

Lula ainda comparou o BNDES ao que faz, por exemplo, o Banco Mundial.

"Isso é o papel de um banco de investimento. Um banco chinês, americano, Banco Mundial, ou seja, empresta dinheiro para o desenvolvimento. No caso do Brasil é o único no mundo que obriga a contratação de empresas brasileiras para exportar serviços do Brasil".

O petista ainda alfinetou Bolsonaro, classificando como "ignorância" a disseminação de fake news sobre os empréstimos do BNDES a países em desenvolvimento.

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