quarta-feira, 16 de março de 2022

'Há tendência de melhora nas condições políticas de Bolsonaro', diz CEO da Quaest após pesquisa

 Segundo Felipe Nunes, "o eleitor de Bolsonaro está voltando para ele", mas Lula segue forte e é visto como principal saída para a crise econômica

Lula, Jair Bolsonaro e Felipe Nunes (Foto: Ricardo Stuckert | Marcos Corrêa/Agência Brasil | Divulgação)

247 - CEO da Quaest, Felipe Nunes comentou pelo Twitter nesta quarta-feira (16) os resultados do mais recente levantamento eleitoral do instituto: "Lula vence no primeiro turno com 50,5% dos votos válidos, indica nova pesquisa Quaest".

Apesar da liderança do ex-presidente Lula (PT), Nunes afirma que a pesquisa mostra uma "tendência de melhora nas condições políticas de Bolsonaro". Ele cita recuperações de Jair Bolsonaro (PL) na avaliação de governo, principalmente em certos nichos: homens e acima de 60 anos, por exemplo. "Todas as mudanças acontecem, coincidentemente, entre os segmentos sociais em que Bolsonaro teve bom desempenho em 2018. Não parece arriscado dizer, portanto, que o que estamos observando nada mais é do que ‘a volta dos que não foram'", disse Nunes.

"O eleitor de Bolsonaro está voltando para ele", afirmou o CEO, apontando razões para tal movimento: "primeiro, o Auxílio Brasil está fazendo efeito nos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2018. Nesse grupo que recebe o Auxílio Brasil, caiu 22 pontos quem acredita que o governo está pior do que o esperado. Entre quem não recebeu o auxílio, a queda é bem menor, 6 pontos. Segundo, a expectativa de que haverá uma 3ª via fora da polarização Lula e Bolsonaro está cada vez menor. É a primeira vez na nossa série histórica que a torcida por uma vitória de Bolsonaro ultrapassa numericamente a torcida pelo candidato nem-nem".

Os números, ele prossegue, "fortalecem a tese de que teremos uma eleição polarizada entre Lula (que continua forte) e Bolsonaro (que ganhou musculatura)".

Travam uma recuperação ainda maior de Bolsonaro, segundo Nunes, o aumento nos preços dos combustíveis e os impactos da guerra na Ucrânia: "fizeram a economia voltar a dominar a atenção das pessoas como principal problema do país". Lula é visto, de acordo com o CEO, como a principal saída para a crise econômica. "A situação econômica do país é, para 43% dos entrevistados, a principal razão de voto quando se escolhe um presidente. Ora, se a economia é um grande problema e é principal razão de voto, quem é mais identificado como a solução para o problema acaba levando vantagem... É o que ajuda a explicar a vantagem que Lula tem na pesquisa. Entre quem acredita que a situação econômica do país é a principal razão para se escolher um presidente, Lula aparece com 48% das intenções de voto, contra 20% de Bolsonaro".

A pesquisa foi realizada presencialmente e ouviu 2 mil pessoas entre os dias 10 e 13 de março. O levantamento foi registrado nos sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode ser encontrado pelo número de identificação: BR-06693/2022. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de cerca de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

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