segunda-feira, 14 de março de 2022

Governo Bolsonaro vai aumentar produção de petróleo para reduzir preço da gasolina nos Estados Unidos

 Enquanto isso, não há nenhuma decisão tomada para favorecer os consumidores brasileiros

Bolsonaro e bomba de gasolina (Foto: Reuters)

247 – O governo dos Estados Unidos pediu e Jair Bolsonaro atendeu. Para ampliar a oferta de petróleo no mercado global e tentar reduzir os preços do barril após as sanções impostas contra a Rússia, o governo brasileiro vai ampliar a produção do pré-sal. No entanto, até agora, nenhuma medida foi tomada para romper com a política de preços da Petrobrás imposta após o golpe de estado de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, que está empobrecendo o Brasil e os brasileiros.
"A disparada do preço do petróleo, provocada pelas incertezas no mercado internacional com a guerra na Ucrânia, levou os Estados Unidos a fazer um apelo ao Brasil para ampliar a sua produção. A secretária de energia do governo americano, Jennifer Granholm, fez o pedido ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, durante conversa por videoconferência na quinta-feira", informa reportagem de Rafael Bitencourt, no Valor Econômico.

“Os países que têm estoque, como Estados Unidos, Japão, Índia e outros, estão liberando. Mas também tem que ter o esforço de aumento da produção. Ela [Jennifer Granholm] me perguntou se o Brasil poderia fazer parte desse esforço, e eu falei ‘claro que pode’. Já estamos aumentando a produção, enquanto a maioria dos países da OCDE, reduziu. Nós aumentamos nossa produção nos últimos três anos”, afirmou o ministro.

"O ministro explicou que os estoques de diesel nos Estados Unidos estão 20% abaixo da capacidade. Segundo ele, até os países do Oriente Médio foram afetados, perderam 40% dos estoques desse combustível", aponta ainda a reportagem. "Sobre a alta dos preços sentido pelos brasileiros na hora de abastecer, Albuquerque disse que essa não é uma preocupação só do Brasil, mas do mundo como um todo. Ele disse que o desequilíbrio entre oferta e demanda vem de antes da guerra na Ucrânia."

Confira, abaixo, a reação do historiador Fernando Horta sobre esta decisão:


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