sexta-feira, 4 de março de 2022

Em reunião de organização sobre segurança europeia, Rússia pede que Otan evite confronto direto

 “Acreditamos que é muito importante evitar situações e incidentes que possam levar a um confronto direto entre a Rússia e a Otan”, afirma diplomata russo

(Foto: Sputnik)


247 - A Rússia considera essencial evitar situações ou incidentes que possam levar a um confronto direto entre Moscou e a Otan, no momento em que potências ocidentais continuam fornecendo armas à Ucrânia em meio à guerra em curso nesse país. 

O alerta foi feito pelo representante permanente da Rússia na OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Europeia), Alexander Lukashevich, na quinta-feira (3).

Durante a reunião do conselho permanente da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, o representante russo referiu-se às declarações de vários países da Otan anunciando novos suprimentos militares para a Ucrânia. Para o diplomata, trata-se de "uma continuação da política irresponsável destinada a fomentar diretamente a escalada do conflito" naquele país.

Ele acrescentou que essas medidas são contraditórias com os pedidos de paz feitos por esses mesmos países. O envio de armas ao regime de Kiev, que podem ser usadas contra militares e civis russos, cria riscos categoricamente inaceitáveis", disse o diplomata. 

"Acreditamos que é muito importante evitar situações e incidentes que possam levar a um confronto direto entre a Rússia e a Otan. Instamos o mundo inteiro a refletir sobre isso", enfatizou, segundo reportagem do RT. 

Da mesma forma, Lukashevich salientou que a atual crise na Ucrânia não é apenas uma consequência direta do golpe de Estado inconstitucional de fevereiro de 2014, realizado por "forças neonazistas apoiadas pelo Ocidente", mas também de um "desejo muito claro de parte dos países da Otan, liderados pelos EUA, de usar o território ucraniano para criar ameaças reais à segurança nacional da Rússia, para sua contenção".

Lukashevich salientou que a ameaça aos civis ucranianos não vem dos militares russos, que só atacam alvos de guerra e com armas de alta precisão, mas do regime de Kiev, que desencadeou o terror contra o seu próprio povo, bem como - e mesmo em maior extensão - dos batalhões nacionalistas.

Por outro lado, ele observou, "a vida está voltando ao normal nas cidades que estão sob controle russo: os serviços públicos e os transportes estão funcionando". 

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